MULHERES NA DIRETORIA
- Laboratório de Empreendedorismo LABEMP
- 20 de set. de 2018
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“GM nomeia mulheres como CEO e CFO pela primeira vez na indústria. Isso faz dela a primeira empresa do ramo automobilístico a ter representação feminina nesses respectivos cargos de diretoria” – Infomoney
Mary Barra e Dhivya Suryadevara são, atualmente, as CEO e CFO da General Motors, respectivamente. Muito mais que um passo para uma maior presença feminina nos cargos de diretoria, a GM apostou na competência dessas mulheres como trabalhadoras dignas dos mais altos cargos da empresa. Entretanto, este é apenas um caso a parte. No Brasil, por exemplo, apenas 10% das mulheres fazem parte dos comitês executivos das grandes empresas.
“Com o avanço da mulher no mercado de trabalho, elas respondem atualmente por 43,8% de todos os trabalhadores brasileiros. Mas a participação vai caindo conforme aumenta o nível hierárquico. Elas representam 37% dos cargos de direção e gerência. No topo, nos comitês executivos de grandes empresas, elas são apenas 10% no Brasil.” – O GLOBO, 05/03/2017.
E isso não se trata de falta de qualificação. Segundo a economista do IBGE Cristiane Soares: “Na média, a mulher ganha 76% do salário dos homens. Nos cargos de gerência e direção, essa proporção vai para 68%. Quanto mais alto o cargo e a escolaridade, maior a desigualdade de gênero. As estatísticas mostram, no entanto, que, na média da população, a escolaridade feminina é maior. A mulher tem oito anos de estudo, e o homem, 7,6 anos.”.
Mas então, como isso ainda é tão recorrente entre as empresas? Muitas mulheres escolhem carreiras em que podem conciliar trabalho com as tarefas de casa, ou com o papel de mãe, esposa, cuidadora. Outras abrem mão da carreira ou dão prioridade para a ascensão do marido por ele ganhar mais.
Tudo isso, infelizmente, ainda está interligado ao machismo fortemente presente ainda na sociedade. O fato de ceder ao comando de uma mulher ainda é um tabu para muitos do sexo masculino. As conquistas são resultados dos seus esforços como seres humanos, portanto, devemos dar valor a essas guerreiras que, além de lutar para conseguir alcançar seus objetivos, ainda precisam superar barreiras que nunca deveriam existir.
Escrito por: Eduardo Soares - CMO do Labemp.
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